quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Go straight ahead!

Por: Camilla Azuos às 00:41 1 entrometimentos

Coloque as mãos sobre a pele: Sinta a temperatura, a textura, os pêlos.
Feche os olhos: Veja, mas veja com a alma.
Cale-se: Apenas ouça. Ouça o silêncio, principalmente. Descarte os ruídos, eles te abafam o som da verdade.
Respire fundo, sinta o cheiro deste buquê em forma de poesia.
Pode parecer pouco, mas o pouco é suficiente. O suficiente para viver, para agir com lucidez.
Não se deixe enganar pelo falso, pelo 'pirata', pela réplica, pelo genérico.
No meio do caminho não haverá uma pedra. Haverá demônios com face de anjos. As pedras são invisíveis, cabe ao explorador parar para enxergá-las ou não.
Renda-se. Não há motivos para temer a chegada. Haverá muitas paradas, muitos momentos em que o falso, vai parecer verdadeiro. Ao primeiro toque, se quebrará feito cristal e mostrará a verdadeira face.
Vá em frente, siga acreditando. O caminho é longo, árduo. Haverá tempestades, mas também haverá belíssimos dias.
A propósito, apegue-se com esta palavra "belo". Veja a beleza das coisas, mesmo nos dias chuvosos... se chove, chove por algum motivo. Flores necessitam de água para sobreviver, e nos dias de sol enfeitar.
Siga sempre em frente... até encontrar!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vital.

Por: Camilla Azuos às 22:55 1 entrometimentos

Estava sol, fazia um dia lindo.
Olhei à minha direita e enxerguei um lindo jardim com flores amarelas, que bailavam com a sutil brisa da manhã. Olhei à minha esquerda e vi uma árvore, também linda, que se destacava com seu verde intenso junto ao belo jardim.
Ao me aproximar, vi que a árvore era bem maior do que eu imaginei. Parecia antiga, mas nem assim eu conseguia desviar meu olhar dela. Ela fazia uma sombra super agradável, e não resisti, sentei ali, sentindo aquela doce brisa passar pelos meus cabelos, e apenas contemplei a paisagem. De tão linda chorei... chorei até soluçar. Era o motivo da minha alegria!
Quando me acalmei, abri os olhos e senti que a brisa havia parado. Mas havia paz no lugar, dava pra sentir, e ouvir. Era surreal.
O meu único desejo era que aquele momento nunca mais acabasse, que jamais eu pudesse chorar por tristeza, ou sentir dor. Por muito tempo, permaneci ali, sentindo o perfume das flores, sentindo o sol queimar minha pele, a brisa, sentada à beira da linda árvore que fazia a sombra mais perfeita que já existiu.
Certo dia, ao abrir os olhos, no lugar do lindo jardim, havia uma poça de lama, escura. No lugar do céu azul e ensolarado, haviam nuvens negras, caía uma chuva fina. Era um dia triste, o clima estava pesado. Eu sentia frio, e não tinha como me aquecer. A sensação de solidão foi tomando conta, até eu perceber que a minha perfeita árvore, que fora minha amiga durante esse tempo todo, não era mais verde. Havia somente galhos secos, estava completamente destruída, com pedaços de madeira pelos cantos. Sua seiva escorria, e ela parecia sangrar...
Eu estava sozinha ali, com frio, e minha árvore havia morrido, o motivo de minha maior alegria havia sido destruída, assim, de um dia pro outro, repentinamente.
Foi aí que acordei, e havia ao meu lado uma única e brilhante folha verde.

 

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