domingo, 25 de outubro de 2015

Aquarela.

Por: Camilla Azuos às 01:15 0 entrometimentos


De frente para o mar, céu nublado, pés na areia. 
Ao caminhar um pouco mais à frente, sinto o frio da água salgada. 
Os olhos fitam o horizonte.
Consigo sentir o vento em minhas bochechas, e calmamente, embaraça meus cabelos, que estão presos. Mas com delicadeza, ele desprende mecha por mecha, me fazendo uma figura desleixada. 
Dois passos à frente: a água toca meus joelhos cansados. 
Sinto a efervescência da espuma do mar, o salpico das gotinhas das ondas que quebram nas minhas pernas.
Olho para baixo, vejo minha imagem refletida na água, como um espelho. Posso perceber que meu casaco balança, meu cabelo está desmanchado, e ali eu me vejo... serena.... calma.... como uma pintura a óleo borrada. Porém belíssima, viva, vívida!
Levanto minha cabeça e olho novamente para o horizonte, e mais uma vez, o vento vem beijar minha pele. Ah, o vento.... Quanta coisa você levou embora! Quanta coisa você trouxe! 
Fecho os olhos, ergo minha cabeça. 
Um suspiro profundo que resume o amor: pela tela a óleo que vi refletida na água do mar.
 

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