Vivemos numa constante busca. Incansável busca. É natural do ser humano... incansável ser humano.
Até quando vamos nos permitir acreditar que chegar a algum lugar sempre, é a meta.
Se está só, procura um par. Se está sem dinheiro, procura emprego. Alguns procuram... outros preferem arranjar dinheiro de outra forma.
A meta mais almejada de 90% da população é uma só: felicidade.
Como desejar algo momentâneo, que se desfaz em questão de segundos pode ser tão precioso?
Ninguém ''é'' feliz, as pessoas ''estão'' felizes. Ser feliz é querer alcançar a velha história do "American dream", inexistente fora dos holofotes Hollywoodianos.
É tão belo ver Julia Roberts grávida deitada num banco de praça num dia ensolarado, e Hugh Grant fazendo carinho nos seus cbelos ruivos.
A câmera se afasta e aparecem letrinhas.
O que acontece depois? A felicidade ali é visível, mas e depois?
Ela vai ter um bebê, não vai ter olheiras por ter que acordar na madrugada pra dar de mamar (fugindo do roteiro do filme, pois uma atriz de Hollywood jamais acorda mais que uma vez para alimentar seu projeto de criança). O pai então, NUNCA chegará estressado do trabalho, por exemplo. Difícil né?
Esse ''depois'' que preocupa muita gente.
Há quem diga que desconfia quando a esmola é demais. É questão de defesa estar querendo se preparar para algo que possa dar errado, se calçar. A vida de ninguém é tão perfeita, nem os filmes conseguem mentir mais.
Até quando vamos tapar os olhos para a realidade e ver que nunca alcançaremos a tão sonhada felicidade plena? Até quando vamos dizer "eu não sou feliz"? Se você não está feliz hoje, comemore. Amanhã você poderá estar... apenas estar.
Nunca procurando ser feliz, sempre procurando viver de maneira branda.
A cada vitória conquistada é um bloco que se empilha. No fim do dia, tudo terminará bem e terá um dia feliz.
É o que planejamos, é o que queremos.
Um tijolo por vez.
*~
(continua)